Com Gallardo e campeões mundiais, River Plate ensaia Dream Team argentino

PRINCIPAL RIVAL BRASILEIRO NA LIBERTA?

A expectativa é alta na Argentina, ao menos para os torcedores do River Plate. Com o retorno do ídolo Marcelo Gallardo, contratações de peso e uma defesa com três campeões mundiais, os Millonarios se candidatam a grande força no país, e como principal rival brasileiro na Libertadores.

Entre os hermanos, a euforia é grande e fala-se em um “novo Dream Team” de Gallardo. O fracasso do treinador na Arábia Saudita acabou por ser oportunidade para o River, que anunciou a volta do multicampeão no início do mês. O projeto, e as esperanças dos torcedores, passam muito pelo técnico, bicampeão da Libertadores.

O primeiro grande teste após o retorno de Gallardo será hoje, contra o Talleres. Na partida de ida das oitavas de final da Libertadores, o River Plate venceu por 1 a 0. Não se prevê jogo fácil ainda para um time ainda em reconstrução. Mas há motivos de sobra para animar o torcedor do clube.

Defesa campeã mundial

Repatriar Marcos Acuña foi a novidade da semana no River Plate. Mais uma demonstração de força no mercado. O lateral esquerdo volta ao futebol argentino após sete anos na Europa. Foram três no Sporting, em Portugal, e quatro no Sevilla, da Espanha.

Com Acuña, o River Plate chegou ao terceiro campeão mundial de 2022 no elenco. Todos eles na defesa. A começar pelo camisa 1, Franco Armani, referência no gol e em seu sétimo ano no clube.

Antes de Acuña, o River Plate havia repatriado o zagueiro Germán Pezella, ex-Real Betis e Fiorentina, também campeão mundial. O sistema defensivo conta ainda com Paulo Díaz, da seleção chilena, e Fabricio Bustos, ex-Internacional.

Qualidade no meio e ataque

A defesa pode chamar a atenção pelos nomes de seleção. Mas há reforços e nomes experientes no meio-campo e no ataque.

Entre os reforços, destaque para Maximiliano Meza, outro repatriado, mas este vindo do Monterrey, do México.

Mas há ainda talentos como o jovem Claudio Echeverri, de 18 anos, já negociado com o Manchester City para o futuro, e os veteranos Kranevitter e Lanzini, com experiência internacional, e Nacho Fernández, ex-Atlético Mineiro.

No ataque, o nome mais conhecido é Miguel Borja. O colombiano teve passagem de altos e baixos no Brasil, mas soma já 25 gols em 2024 pelo River Plate. Em um continente em que o desnível financeiro é cada vez mais evidente, o projeto de “Dream Team argentino” de Gallardo se coloca como principal candidato a rivalizar com a hegemonia crescente do futebol brasileiro.

Por: Eduardo Massa

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